A cirurgia videolaparoscópica, também conhecida como laparoscopia ou cirurgia minimamente invasiva, é uma técnica que permite aos cirurgiões realizar operações por meio de pequenas incisões, geralmente com menos de uma polegada, utilizando um laparoscópio — um tubo longo e fino equipado com uma câmera e fonte de luz.
Essa abordagem possibilita a visualização dos órgãos internos em um monitor de vídeo, facilitando procedimentos diagnósticos e terapêuticos.[1]
.
Quais São os Equipamentos Utilizados?
O equipamento essencial para a cirurgia laparoscópica inclui o próprio laparoscópio, uma câmera de vídeo, uma fonte de luz, um insuflador para dióxido de carbono (ou CO2, que cria o pneumoperitônio) e diversos instrumentos cirúrgicos especializados, como pinças, tesouras e grampeadores.

.
Quais as Principais Indicações?
A cirurgia laparoscópica é amplamente utilizada para uma variedade de procedimentos do aparelho digestivo, incluindo colecistectomia, apendicectomia, cirurgia bariátrica e ressecções colorretais. Também é empregada em cirurgias ginecológicas e no manejo de condições abdominais agudas, como apendicite e colecistite.
No contexto de trauma, a laparoscopia pode ser valiosa para diagnóstico e tratamento em pacientes hemodinamicamente estáveis.[2][3][4][5]
.
Quais as Contraindicações?
Embora a laparoscopia seja geralmente segura, certas condições podem contraindicar seu uso. Entre elas estão instabilidade hemodinâmica, distensão abdominal severa, peritonite generalizada e hemoperitônio significativo.
Contraindicações relativas dependem da expertise do cirurgião e do julgamento clínico, além da qualidade do material disponível para a equipe cirúrgica.[4][6]

.
Os Benefícios da Cirurgia Laparoscópica
As vantagens da cirurgia laparoscópica em comparação à cirurgia aberta tradicional são bem documentadas. Incluem menor dor pós-operatória, estadias hospitalares mais curtas, recuperação mais rápida e melhores resultados estéticos devido às menores incisões.
Além disso, há frequentemente menos perda de sangue e menor risco de infecção. No entanto, é importante observar que os procedimentos laparoscópicos podem exigir tempos operatórios mais longos e envolvem equipamentos complexos, o que pode introduzir novos tipos de complicações.[1][3][7]
.
Conclusão
De forma geral, a cirurgia laparoscópica revolucionou muitas áreas cirúrgicas ao oferecer uma alternativa menos invasiva à cirurgia aberta, com benefícios significativos para a recuperação e os resultados dos pacientes. Para mais informações, Agende uma consulta ou procure um especialista.
.
Referências
[1] National Library of Medicine (MedlinePlus), Laparoscopy
[2] Küper MA, Eisner F, Königsrainer A, Glatzle J. Laparoscopic Surgery for Benign and Malign Diseases of the Digestive System: Indications, Limitations, and Evidence. World Journal of Gastroenterology. 2014;20(17):4883-91. doi:10.3748/wjg.v20.i17.4883.
[3] Mandrioli M, Inaba K, Piccinini A, et al. Advances in Laparoscopy for Acute Care Surgery and Trauma. World Journal of Gastroenterology. 2016;22(2):668-80. doi:10.3748/wjg.v22.i2.668.
[4] Navez B, Navez J. Laparoscopy in the Acute Abdomen. Best Practice & Research. Clinical Gastroenterology. 2014;28(1):3-17. doi:10.1016/j.bpg.2013.11.006.
[5] Sackier JM. Laparoscopy in the Emergency Setting. World Journal of Surgery. 1992 Nov-Dec;16(6):1083-8. doi:10.1007/BF02067065.
[6] Loffer FD, Pent D. Indications, Contraindications and Complications of Laparoscopy. Obstetrical & Gynecological Survey. 1975;30(7):407-27. doi:10.1097/00006254-197507000-00001.
[7] Garry R. Laparoscopic Surgery. Best Practice & Research. Clinical Obstetrics & Gynaecology. 2006;20(1):89-104. doi:10.1016/j.bpobgyn.2005.10.003.