Cirurgia do Fígado

figado

A cirurgia do fígado, também chamada de Hepatectomia, é um procedimento realizado para tratar diversas condições que afetam esse órgão vital, responsável por funções como a produção de proteínas, metabolização de substâncias e eliminação de toxinas.

Por ser um procedimento complexo, exige equipes especializadas e alta tecnologia. Aqui, abordaremos o que é a Hepatectomia, suas indicações, as técnicas disponíveis, riscos e complicações.

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O que é a Hepatectomia?

A Hepatectomia envolve a remoção total ou parcial do fígado, a reparação de lesões ou o transplante hepático.

O fígado possui uma característica única: a capacidade de regeneração, o que permite a remoção de parte de seu tecido, desde que o volume remanescente seja suficiente para manter suas funções.

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Quais as Indicações da Hepatectomia?

A Hepatectomia é indicada para diversas condições, que podem ser benignas ou malignas. Entre as mais comuns, destacam-se:

Tumores Malignos:

    • Carcinoma hepatocelular (CHC): o tipo mais frequente de câncer primário do fígado, geralmente associado à cirrose ou hepatites virais.
    • Metástases hepáticas: especialmente de tumores colorretais ou de outros órgãos.

    Lesões Benignas:

      • Adenomas hepáticos
      • Cistos volumosos
      • Hemangiomas sintomáticos.

      Doenças Congênitas ou Metabólicas:

        • Hiperplasia nodular focal ou outras condições raras.

        Traumas Hepáticos:

          • Rupturas ou hemorragias graves que não podem ser controladas por outros métodos.

          Transplante de Fígado:

            • Indicado para insuficiência hepática aguda ou doenças crônicas, como cirrose avançada e hepatite fulminante.

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            Técnicas Cirúrgicas

            As técnicas empregadas variam de acordo com a doença, a extensão do procedimento e as condições do paciente. As principais incluem:

            Hepatectomia Parcial

              • Hepatectomia maior: remoção de três ou mais segmentos do fígado. Geralmente indicada para tumores extensos ou grandes metástases.
              • Hepatectomia menor: remoção de até dois segmentos, comum em tumores pequenos e localizados.

              Abordagens minimamente invasivas

                • Laparoscopia: utilizada para ressecções menores ou em pacientes selecionados. Oferece menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida.
                • Cirurgia robótica: uma evolução da laparoscopia, permitindo maior precisão em casos mais complexos.

                Transplante Hepático

                  • Pode ser realizado a partir de um doador falecido ou de um doador vivo, que cede parte do fígado.

                  Ablação Térmica

                    • Em casos onde a cirurgia é inviável, técnicas como radiofrequência ou micro-ondas podem ser usadas para destruir o tumor, isoladamente ou como complemento à ressecção.

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                    Riscos e Complicações

                    Embora o fígado tenha capacidade regenerativa, as cirurgias hepáticas são procedimentos de alta complexidade e podem apresentar riscos. Entre as complicações mais frequentes estão:

                    • Hemorragia: o fígado é um órgão altamente vascularizado, aumentando o risco de sangramento durante e após a cirurgia.
                    • Infecção: como abscessos intra-abdominais ou infecção no local da incisão.
                    • Fístula biliar: vazamento de bile causado por falha na cicatrização das vias biliares.
                    • Insuficiência hepática: ocorre quando o fígado remanescente não é suficiente para manter as funções vitais.
                    • Trombose da veia porta ou hepática: obstrução do fluxo sanguíneo no fígado.
                    • Recorrência da doença: principalmente em casos de câncer.

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                    Recuperação e Cuidados Pós-operatórios

                    Após a cirurgia, o tempo de recuperação varia de acordo com a extensão do procedimento e o estado de saúde do paciente. Cuidados especiais incluem:

                    • Acompanhamento médico rigoroso para monitorar a função hepática.
                    • Controle de dor e prevenção de infecções.
                    • Adaptação nutricional, com dietas específicas para facilitar a recuperação do fígado.

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                    Considerações Finais

                    A cirurgia do fígado é uma ferramenta poderosa no tratamento de diversas doenças, oferecendo potencial de cura ou melhora significativa da qualidade de vida. No entanto, é um procedimento que exige uma avaliação criteriosa por parte de equipes especializadas.

                    Se você ou alguém próximo recebeu indicação para uma cirurgia hepática, busque esclarecimentos detalhados com o Cirurgião do Aparelho Digestivo. A compreensão dos benefícios, riscos e alternativas disponíveis é fundamental para uma decisão informada e segura.

                    Cuidar da saúde do fígado é essencial para o equilíbrio do organismo! Para mais informações, agende uma consulta.

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                    Dr. Paulo Bizanha

                    Desde jovem decidiu ser médico, inspirado pelo pai, que também é cirurgião. Natural de Brasília, especializou-se em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Endoscopia Digestiva na USP de Ribeirão Preto. Apaixonado por esportes e dedicado ao aprendizado constante, valoriza o trabalho em equipe e o apoio da família como pilares de sua trajetória profissional.

                    Minhas Especialidades em Cirurgia Digestiva
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                    Dr. Paulo Bizanha

                    Desde jovem decidiu ser médico, inspirado pelo pai, que também é cirurgião. Natural de Brasília, especializou-se em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Endoscopia Digestiva na USP de Ribeirão Preto. Apaixonado por esportes e dedicado ao aprendizado constante, valoriza o trabalho em equipe e o apoio da família como pilares de sua trajetória profissional.

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