Pedra na Vesícula: O Que É, Riscos e Quando Operar?

A pedra na vesícula, ou cálculo biliar (ou Colelitíase), é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de ser frequentemente assintomática, pode causar complicações graves quando não tratada adequadamente.

Neste texto, vamos abordar o que são os cálculos biliares, os sinais de alerta, as indicações de cirurgia e os riscos associados.

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O Que é a Pedra na Vesícula?

A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado abaixo do fígado, responsável por armazenar a bile, um líquido que auxilia na digestão de gorduras. Apesar disso, a vesícula biliar não é um órgão essencial, pois conseguimos digerir a comida gordurosa mesmo sem a sua presença.

As pedras na vesícula são formadas pela cristalização de substâncias presentes na bile, como colesterol ou bilirrubina. Esses cálculos podem variar em tamanho e quantidade, desde pequenos grãos de areia até pedras maiores.

Aproximadamente 10-15% dos adultos vão desenvolver cálculos na vesícula biliar.

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Quem Está em Risco?

Fatores como idade (maior risco em pessoas acima de 40 anos), sexo (mais comum em mulheres), obesidade, dieta rica em gorduras e histórico familiar aumentam as chances de desenvolver cálculos biliares. Além disso, gestantes ou pessoas que perderam peso rapidamente também estão mais propensas.

vesicula biliar

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Quais São os Sinais e Sintomas?

Muitas pessoas com pedra na vesícula não apresentam sintomas, e a condição só é descoberta por exames de imagem feitos por outros motivos. Porém, quando os cálculos bloqueiam o fluxo de bile, surgem sintomas que incluem:

  • Dor intensa no lado direito do abdome (cólica biliar), frequentemente após refeições gordurosas;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre e calafrios (sugerindo infecção, como colecistite);
  • Icterícia (amarelamento da pele e olhos), indicando obstrução do ducto biliar.

Esses sintomas devem ser avaliados imediatamente, pois podem indicar complicações.

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Quais as Indicações de Cirurgia?

A remoção da vesícula biliar (colecistectomia) é indicada nas seguintes situações:

  1. Sintomas frequentes: pacientes com dor recorrente ou outros sinais associados a cálculos biliares;
  2. Complicações: como colecistite (inflamação da vesícula), pancreatite biliar ou colangite (infecção do ducto biliar);
  3. Cálculos grandes (>2 cm): devido ao risco de complicações;
  4. Pacientes com pólipos na vesícula ou alterações anatômicas suspeitas;
  5. Cálculos assintomáticos em situações específicas: como em pacientes com diabetes descompensado, microcálculos (< 5 mm), história prévia de pancreatite, anemia falciforme.

A cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia (minimamente invasiva) ou, em casos mais complexos, por abordagem aberta (ou “cirurgia de corte”).

vesicula biliar colelitiase

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Quais São os Riscos de Não Tratar?

Manter cálculos biliares sem acompanhamento adequado pode levar a complicações graves, como:

  • Colecistite aguda: inflamação e infecção da vesícula;
  • Pancreatite: inflamação do pâncreas causada pela obstrução do ducto biliar comum e pancreático;
  • Colangite: infecção grave dos canais biliares, que pode levar a sepse;
  • Perfuração da vesícula: um quadro raro, mas potencialmente fatal;
  • Câncer: a inflamação crônica da vesícula biliar, principalmente nos casos de pedras grandes é um fator de risco para o desenvolvimento de neoplasia maligna da vesícula.

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Conclusão

A pedra na vesícula é uma condição que merece atenção, mesmo quando não apresenta sintomas. Identificar sinais precoces e realizar o tratamento no momento adequado é essencial para evitar complicações.

Caso tenha sintomas ou suspeite da presença de cálculos biliares, agende uma consulta para uma avaliação detalhada.

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Informações sobre o autor:

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Dr. Paulo Bizanha

Desde jovem decidiu ser médico, inspirado pelo pai, que também é cirurgião. Natural de Brasília, especializou-se em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Endoscopia Digestiva na USP de Ribeirão Preto. Apaixonado por esportes e dedicado ao aprendizado constante, valoriza o trabalho em equipe e o apoio da família como pilares de sua trajetória profissional.

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Dr. Paulo Bizanha

Desde jovem decidiu ser médico, inspirado pelo pai, que também é cirurgião. Natural de Brasília, especializou-se em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Endoscopia Digestiva na USP de Ribeirão Preto. Apaixonado por esportes e dedicado ao aprendizado constante, valoriza o trabalho em equipe e o apoio da família como pilares de sua trajetória profissional.

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